domingo, 9 de janeiro de 2011
Espírito Santo
Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas, e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse. (Jo 14:26)
Para compreender quem é o Espírito Santo, precisamos saber o que a Bíblia declara a seu respeito.
O Espírito Santo NÃO é uma força ativa ou energia cósmica como alguns ensinam, Ele é uma pessoa, com a qual nós podemos nos relacionar.
Estudando a Bíblia, reconhecemos que Ele é a terceira pessoa da trindade, ou seja, Ele é Deus como vimos anteriormente no item Trindade. Ele opera na salvação convencendo do pecado, produzindo regeneração e capacitando-nos para a vida cristã.
Através dEle o Deus triuno chega perto de nós, pois ele habita em cada pessoa que recebe a Cristo como Salvador.
No Antigo Testamento, Ele operou na criação juntamente com o Pai e o Filho, na inspiração das profecias e Escrituras e de forma limitada em pessoas específicas, capacitando-as a cumprir os propósitos de Deus, ele inspirou, por exemplo, reis, sacerdotes, profetas, construtores do tabernáculo, juízes, etc., porém essa inspiração não é uma espécie de possessão irracional como vimos no anteriormente no item referente à Bíblia.
A obra do Espírito Santo na vida de Cristo foi manifesta em seu nascimento virginal; em sua vida e ministério; na sua morte e ressurreição.
Na salvação do pecador, é por obra do Espírito Santo que há o convencimento do pecado, da justiça e do juízo, regeneração “novo nascimento; nova natureza; nova vida”, e é Ele que em nossas vidas habita, santifica e ensina todas as coisas.
O Espírito Santo atua na vida do cristão capacitando-o para toda boa obra, Ele nos ajuda na compreensão da Palavra de Deus e produz em nós manifestações do caráter de Deus através do Fruto do Espírito, com o propósito de sermos usados no cumprimento de seu plano.
Vemos então que as escrituras sagradas nos mostram que quem muda a vida do ser humano para a salvação é o Espírito Santo e não nós, por isso, quando pregamos a palavra para alguém devemos ter essa consciência, não devemos forçar a barra imaginando que essa pessoa se converterá pelo o que estamos falando, ou pelo tanto que falamos, ou até mesmo pelo nível de conhecimento que demonstramos, quem faz a obra de conversão é o Espírito Santo e não nós, a nós cabe apenas pregar e dar bom testemunho como o próprio Senhor Jesus tanto ensinou. Quando forçamos a barra para cima de alguém ou entramos em discussões bíblicas que não produzirá fruto algum, simplesmente para debater e satisfazer nosso ego, estamos CONFESSANDO QUE NÃO CREMOS NO ESPÍRITO SANTO, pois demonstramos que quem vai convencer o próximo somos nós e não o Espírito da Verdade.
Os dons do Espírito são dádivas dados à igreja para sua edificação, não para satisfazer o indivíduo que os têm; ninguém possui todos, nem todos possuem o mesmo, por isso precisamos um do outro, embora nem todos sejam notáveis, todos são importantes, o Espírito Santo é a fonte e distribui como lhe convém. Os dons operam SEMPRE de acordo com sua Palavra.
A natureza e modo como devem ser usados os dons se encontram nos capítulos 12 e 13 de I Coríntios.
Os dons espirituais estão listados em I Co. 12:4-11, e podem ser subdivididos em 3 grupos distintos:
• Dons de revelação: Palavra de Sabedoria, Palavra da Ciência e Discernimento de Espírito. (Revelam a sabedoria de Deus, manifestando um conhecimento e sabedoria sobrenatural);
• Dons de poder: Fé, Dons de Cura e Operação de Maravilhas. (Manifestam o poder de Deus através de ações sobrenaturais);
• Dons de Inspiração: Profecia, Variedade de Línguas e Interpretação de Línguas. (Transmitem a mensagem de Deus, concedendo poder para um falar sobrenatural).
Nota: De todos os dons, a profecia é o único sujeito a julgamento da igreja, porque a profecia pode vir de três fontes:
• O espírito humano, um espírito imundo e o Espírito Santo.
• O propósito da profecia é: Edificar, Exortar e Consolar (I Co. 14:13), caso não cumpra este propósito a profecia não vem de Deus.
Existem também os dons ministeriais cujo objetivo é preparar o povo de Deus para o trabalho cristão, promovendo o crescimento e desenvolvimento espiritual. São eles:
• Apóstolo (Abre, estrutura, prepara e edifica igrejas. São instituídos apóstolos apenas por chamado do próprio Cristo e mais ninguém, por isso apóstolos existem apenas na Bíblia, hoje em dia o trabalho do apóstolo é desempenhado por missionários);
• Profeta (Recebe a mensagem divina e transmite à igreja sempre passando pelo crivo de “edificar, exortar e consolar”);
• Evangelista (Transmite o evangelho, prega);
• Pastores (cuida das ovelhas, aconselha, se preocupa);
• Mestres (Ensina a Palavra).
O Fruto do Espírito conforme encontramos em Gl. 5:22,23 é um único fruto: O Amor, que contém 9 virtudes da personalidade de Deus (atributos comunicáveis visto no item Deus), a manifestação do fruto representa maturidade cristã, porque é a expressão do caráter de Cristo em nós e a prova de nossa espiritualidade é a manifestação do fruto.
Manifestações relacionadas a Deus:
1. Amor: Interesse no bem maior de outro, sem querer nada em troca.
2. Gozo: sensação de bem estar, alegria, satisfação e prazer que temos em Deus.
3. Paz: Tranquilidade, certeza de que Deus cuida de nós e que temos comunhão com Ele.
Manifestações relacionadas ao próximo:
4. Longanimidade: Perseverança, paciência.
5. Benignidade: Desejar o bem ao próximo.
6. Bondade: Praticar o bem, por meio de ações.
Demais manifestações:
7. Fidelidade: Lealdade, honestidade, ser digno de confiança.
8. Mansidão: Humildade, moderação, suavidade no agir.
9. Temperança ou domínio próprio: Autocontrole, domínio sobre nossas ações, palavras e pensamentos.
Plenitude do Espírito. (Controle máximo do Espírito Santo em nossas vidas)
Ter a plenitude ou ser cheio, significa ser controlado pelo Espírito Santo, ser cheio não é tanto uma questão de obter mais do Espírito Santo, mas de Ele possuir uma fatia maior de nossas vidas. Uma das funções do Espírito Santo é dar poder e nos capacitar para realizar os propósitos de Deus, por isso nunca devemos nos vangloriar de nossos feitos pois isso não é capacidade nossa e sim ação do Espírito Santo.
A obra do Espírito Santo não é completada quando a pessoa passa a crer, esse é apenas o começo, pois todo crente recebe o Espírito Santo no ato da conversão, por isso Ele é garantia da salvação.
O Batismo no Espírito Santo é para TODO crente. Ser batizado no Espírito Santo não significa que iremos falar em línguas, visto que o dom de línguas é um dos dons do Espírito, receber o Espírito Santo já é um dom em si e esse dom tem as seguintes características:
• É um revestimento de poder;
• É recebido pela oração;
• Através de Jesus Cristo;
• É uma promessa do Pai;
• É uma necessidade do crente.
Através dEle somos revestidos de poder, autoridade e temos ousadia para testemunhar de Cristo.
Os efeitos da plenitude do Espírito Santo é um caráter semelhante a Cristo, verdadeira adoração e louvor, submissão a Cristo e serviço em benefício da obra do Espírito.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário