terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Pecado
O Senhor sentiu o aroma agradável e disse a si mesmo: Nunca mais amaldiçoarei a Terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância. (Gn 8.21)
A vontade é uma verdade real da personalidade humana. A ação moral é aquilo que determina o caráter, e isso envolve um tremendo risco, o de fracassar. Deus, ao prover espaço para a tomada de decisões livres e morais aos anjos e seres humanos que criou, teve de permitir a possibilidade de fracasso em algumas de suas criaturas, sem essa possibilidade, não haveria liberdade genuína nem verdadeira personalidade.
O pecado, portanto, originou-se na livre escolha das criaturas de Deus. Quando o diabo tentou Eva, ele começou com uma pergunta:
É assim que Deus disse: “Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim?”.
Foi como se tivesse perguntado: “Será que um Deus bom impediria alguma coisa que vocês quisessem?” Em seguida, introduziu uma negação:
É certo que não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal.
Satanás estava insinuando que Deus criara Adão e Eva à imagem dEle, e por isso queria que se tornassem como Ele; no entanto, proibira aos dois aquilo que os faria ser como Ele. Então, Eva, deixando que a atenção caísse sobre a coisa proibida, começou a raciocinar que o fruto poderia ser realmente bom para ela. Satanás, não teve de apanhar o fruto, nem forçar Eva a fazê-lo.
Ela mesma continuou a olhar para o fruto e fez sua escolha. Ela apanhou o fruto, comeu e deu parte dele a seu marido, talvez o conduzindo pela mesma linha de pensamento que a levou ao pecado. Vemos que o pecado não ocorre de forma repentina o ser humano é levado pouco a pouco a esta situação; primeiramente surgem as conversas inúteis onde o homem é levado a não valorizar a palavra de Deus (neste caso a serpente acrescenta coisas que Deus não havia dito e Eva concorda acrescentando mais ainda), depois surge a dúvida se o que Deus disse realmente é a verdade absoluta, depois começam os pensamentos de que fazer algo que Deus disse por meio das escrituras para não ser feito talvez não seja um problema “tão grande”, depois surgem os famosos pensamentos “todo mundo faz” “depende do ponto de vista de cada um” e quando o ser humano se da conta ele está em uma condição totalmente favorável para cometer erros que Deus tanto nos adverte por meio das escrituras.
Deus não poderia ser santo se tolerasse o rompimento da lei divida, por essa razão, olha para o pecado com ira e julgamento.
Adão e Eva, pois, trouxeram contra si mesmos as consequências pessoais do pecado. O gênero humano inteiro foi infectado pelo pecado. As crianças que nascessem seriam naturalmente contaminadas, prova disse é que nenhuma criança ao ser abandonada vai correndo procurar uma biblioteca para adquirir conhecimento e mudar a sua situação de abandono, infelizmente ela tende a praticar o mal; mal este que não é ensinado a crianças, no entanto elas o aprendem desde bebê de forma natural, ninguém ensina uma criança a puxar o cabelo de outra, dar tapas, fazer birra quando seus desejos não são satisfeito, isso é aprendido de forma natural, contrariamente a isso, é difícil ensinar uma criança a não fazer essas coisas. Por causa dessa enfermidade da natureza humana, o indivíduo ao atingir a idade da responsabilidade moral (a Bíblia não fala numa idade específica de responsabilidade; algumas crianças chegam a ter esse entendimento mais cedo na vida do que outras), coloca-se debaixo da ira de Deus.
O efeito do pecado de Adão sobre a raça humana é, com frequência chamado de “pecado original”. O pecado original não é por si mesmo a causa de serem os pecadores condenados por Deus, porém, leva-os ao pecado pessoal aberto. Por causa do pecado de Adão, a inocência se perdeu, a imagem divina na humanidade foi distorcida e debilitada, as pessoas tornaram-se escravas do pecado e a discórdia e morte entraram no mundo.
O pecado originou-se da livre escolha das criaturas de Deus. Em lugar de crer e confiar em Deus, e corresponder seu admirável amor e à sua provisão, preferiram descer Deus de seu trono e proclamar rei e senhor o seu próprio “Eu”.
A essência do pecado, portanto, é optar pela satisfação do próprio “eu” em lugar do original e mais elevado objetivo na vida que é buscar a Deus e à sua justiça. O resultado é todos os tipos de pecados, corrupção e perversão.
O pecado sempre começa em nosso interior, visto que possuímos natureza pecaminosa desde o nascimento, portanto, se permitirmos que nossa mente se demore sobre alguma tentação ou desejo errado, acabamos praticando um ato pecaminoso, e tornaremos o pecado em um hábito de vida, o que resultará na morte espiritual e eterna, ou seja, seremos eternamente separados de Deus. Não podemos alimentar maus pensamentos ou aceitá-los. Em si mesmos, os maus pensamentos não são pecados, por exemplo, um assassinato pode ser imaginado em nossa mente devido ao que acontece em nosso dia a dia, mas podemos rejeitar este pensamento, somente quando nos demoramos neles e permitimos que eles se desenvolvam é que nos levam ao pecado, por esse motivo Jesus Disse: “Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la já cometeu adultério com ela no seu coração”, a palavra grega utilizada para olhar indica ação que nesse contexto significa “continuar olhando”, vemos que o pensamento passageiro não torna o indivíduo culpado nem o obriga a cometer pecado.
Mediante a ajuda do Espírito Santo, esse pecado pode ser rejeitado, e uma vitória ganha para a glória de Deus.
Logo, pecado é qualquer coisa ou atitude contraria ao caráter de Deus, e sempre se inicia em nossos corações. Os pecados podem ser por ações, omissões e pensamentos, podem ser conscientes ou por ignorância, mas é fato que o pecado nos separa de Deus.
São por esses motivos que a Bíblia nos diz que “todos somos pecadores e nesse estado estamos afastados de Deus”.
Existe a crença popular que por sermos “bom” estaremos fazendo a vontade de Deus; diante do que foi exposto, será que nosso coração está refletindo totalmente a vontade de Deus para nos considerarmos bons? O próprio Cristo disse que bom é somente o pai que está no céu.
Desejar mulheres e homens que passam na rua ou que estejam expostos na tv, xingar juiz e jogador de futebol, cometer infrações de trânsito, desobedecer leis para termos alguma vantagem, preferir dar um “jeitinho” do que cumprir com nossas obrigações entre tantas outras situações de nosso dia a dia são pecados que não escandaliza mais ninguém.
A sociedade que vivemos aceitam muitas coisas que são contrárias a vontade de Deus como se fossem boas e isso nos dá sensação de que somos bom pelo simples motivo de que nosso próximo não está nos condenando pelo que fazemos, porém o nosso próximo não tem a capacidade de nos dar a vida eterna, logo não convém ser aprovado por homens que aceitam pecados como se fossem coisas boas, convém ser aprovado por Deus que em seu grande amor nos oferece a vida eterna e nos ensina por meio da Bíblia como devemos viver cada dia em sua presença. Reconhecer que somos pecadores e que esta situação nos afasta de Deus é o primeiro passo para que o amor salvador de Cristo faça a diferença em nossa vida.
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