domingo, 9 de janeiro de 2011

Igreja



Portanto vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus. (Ef. 2:19)

A palavra Igreja (Ekklesia em grego), significa uma reunião de pessoas chamadas para fora, ou seja, pessoas que deixaram o mundo (espiritual e o não físico), para seguirem a Cristo.
A igreja faz parte do plano de Deus para o homem, não é apenas uma organização, ela é um organismo que possui vida própria em Cristo.
Ela é composta de todas as pessoas salvas em Cristo Jesus, independente de raça ou nação, sendo uma comunhão de crentes regenerados que dão continuidade ao ministério de Cristo na Terra, sabendo que não fomos salvos somente para ser salvos, mas para levar a salvação a outros. Embora seja criação divina, ela é composta de pessoas imperfeitas, e somente alcançará a perfeição, quando Cristo voltar.

A igreja é um organismo espiritual do qual Cristo é o cabeça, composta de todos os regenerados desde o pentecostes até o arrebatamento.
Afirmamos que existe a “Igreja Universal” e “Igreja Local” onde; a igreja universal é constituída por todos os salvos de todos os lugares e épocas, dizemos que este é o lado invisível da igreja; e a igreja local é constituída dos salvos de um determinado lugar, dizemos que este é o seu lado visível.

Na Bíblia encontramos uma divisão dos povos onde “Gentios” significam todas as nações exceto Israel, “Judeus” é a nação escolhida dos descendentes de Abraão/Isaque/Israel e a “Igreja” são os salvos em Cristo, independente de raça e nação.
Os propósitos da Igreja são de evangelizar o mundo; promover culto e adoração a Deus; edificar seus membros através da comunhão com Deus e Igreja pelo ensino Bíblico e discipulado; ensinar as práticas da mordomia cristã sobre a vida, tempo, talentos e finanças (essa mordomia quer dizer que tudo que temos e somos pertence a Deus, por isso somos apenas mordomos (servos) nesta vida).

Nós devemos frequentá-la, pois foi uma recomendação deixada pelo Espírito Santo conforme diz as escrituras em Hb. 10:25, por necessitarmos de “alimentação” espiritual, para crescimento e para cultuar a Deus.

A igreja possui as ordenanças do batismo e a ceia, e não devem ser encarados como eventos ritualísticos ou sacramentos. Essas duas cerimônias instituídas ou ordenadas pelo Senhor Jesus e devem ser entendidas como eventos em memória do que Cristo determinou, não há nenhum poder de salvação na simples execução dessas ordenanças.
Sobre o batismo: O batismo nas águas é o testemunho público de uma nova vida em Cristo. É um ato de confissão e obediência, onde confessamos nossa fé e obediência a Cristo, através do batismo assumimos que temos um compromisso com Deus e com sua Igreja. O batismo não tem poder para salvar, mas ilustra o novo nascimento, onde morremos para a velha vida e o mundo e nascemos para uma nova vida em Cristo.
O batismo simboliza nossa identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; conforme instituição feita pelo próprio Jesus, batizamos por imersão em água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo todo aquele que crer no evangelho de Cristo.

Sobre a ceia: A ceia é uma ocasião solene onde de maneira concreta nos lembramos da obra redentora de Cristo na cruz e que um dia Ele voltará, é uma cerimônia de adoração e comunhão com Cristo e com os irmãos, onde participamos do pão e do cálice que representam o corpo e o sangue de Cristo.

A ceia foi instituída pelo próprio Jesus onde o pão significa seu corpo e o vinho (suco de uva) seu sangue. Em nossa igreja celebramos a ceia mensalmente.
Além das ordenanças também temos a manutenção da igreja que se dá por meio das contribuições. Com a banalização das contribuições ministeriais feitas por algumas denominações há várias décadas, falar de dízimos e ofertas tornou-se uma situação delicada nas igrejas, ora, a Bíblia é um livro do dia a dia, da vida concreta, não é um livro separado da realidade, logo, ela não tem problema algum em falar sobre dinheiro tanto que este assunto é citado cerca de 2.500 vezes, portanto não é um problema falar sobre um tema de nosso cotidiano, a Bíblia cita como devemos lidar com o dinheiro segundo a vontade de Deus que é dono de todas as coisas, o problema está em como algumas denominações ditas cristãs falam sobre esse tema.

Primeiramente, partindo do princípio da mordomia onde entendemos que Deus é dono de todas as coisas e nós somos apenas mordomos/servos do que ele nos deu transitoriamente por meio de seu imenso amor, devemos sempre então depositar nossas esperanças no Dono de tudo e não nos pertences do Dono visto que nossa vida um dia terminará e tudo o que possuímos ficará para outras pessoas. Entendendo isso então percebemos que não devemos viver nossa vida em função do “reino terreno”, pois ele é passageiro, logo, quando contribuímos na igreja não devemos utilizar o dinheiro que fica em nosso poder de forma inadequada, pois tudo que temos e fazemos é para Honra e Glória de Deus e não nossa, então, se contribuímos com a obra é porque reconhecemos que Deus age por meio dela e demonstramos nossa gratidão a Deus com esse ato.

Diferentemente do que é ensinado em muitas denominações ditas cristãs, Deus não é obrigado a nos dar nada, muito pelo contrário nós é que somos devedores, ele em seu imenso amor já nos deu a salvação e isso nos da o direito de um dia morarmos com ele, basta nós aceitarmos isso e vivermos uma vida de quem se comporta como um “cidadão do céu” e não como um “playboy” terreno. Não é pecado ter riquezas, o pecado é ter confiança em riquezas acima de Deus.

Entendido então o que significa o tema dinheiro segundo a Bíblia, nós vemos nas igrejas as práticas das contribuições ministeriais para seu mantimento com dízimos e ofertas, então o que são os dízimos e ofertas?

Dízimo é a décima parte de alguma coisa, em nosso caso é a décima parte de um ganho; o dízimo é um método razoável de contribuição que tem seus benefícios como, por exemplo, igualar as contribuições, ou seja, ninguém da mais do que ninguém pois todos contribuem proporcionalmente, dessa forma todos estão em igualdade e também é uma forma da igreja planejar seu sustento e trabalho pois ela conta com uma entrada definida, logo o dízimo é uma maneira organizada e igualitária de contribuição, é um tipo de oferta específica. A prática do dízimo foi instituída no antigo testamento para o sustento do tabernáculo e da tribo de Levi que cuidava do mesmo, como o novo testamento não enfatiza e nem normatiza a prática dos dízimos muitas pessoas tem defendido que estamos desobrigados dessa prática, no entanto o próprio Jesus em Lc 11:42 enfatiza que devemos sim praticar os dízimos no entanto, acima disso devemos priorizar a “JUSTIÇA e o AMOR de DEUS”, ou seja, se a contribuição com a obra é um ato de gratidão e reconhecimento do amor Deus para conosco, como pode existir isso sem a prática da justiça e de Seu amor?

Oferta é uma contribuição indefinida feita aleatoriamente, não há proporcionalidade como no dízimo, no entanto os princípios são os mesmos.
Contribuir por obrigação significa que a pessoa não entendeu ou não aceita o principio da mordomia que Deus nos concedeu. Não contribuir pode ter o mesmo significado ou ainda ser um testemunho de avareza e falta de fé (confiança) em Deus e plena confiança em seus bens.

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