domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa



I – A FESTA DA PÁSCOA FOI INSTITUÍDA POR DEUS.
Talvez as nossas mentes estejam um pouco nubladas quanto a este assunto, mas no livro de Ex 12.1-12, mostra claramente quem instituiu esta festa. Para entendermos o texto, faz se necessário um esclarecimento do que estava ocorrendo ali.
Os hebreus eram escravos dos egípcios por longos anos, até que um dia Deus entreviu nesse sofrimento. Deus escolheu Moisés para livrar os hebreus da escravidão.
Moises várias vezes foi ao faraó, presidente dos egípcios, pediu que ele deixasse o povo ir embora. Porém por teimosia e também porque Deus havia endurecido o seu coração, faraó não permitia.
Logo toda vez que ele não deixava os israelitas partirem, Deus permitia uma praga vir sobre os egípcios, no total foram dez pragas.
1a. o Nilo se tornou em sangue.
2a. Em todo território encheu-se de rãs.
3a. Piolhos.
4a. Moscas.
5a. O gado morre.
6a. Úlceras.
7a. Caiu fogo do céu.
8a. Gafanhotos.
9a. Trevas.
10a. A morte dos primogênitos.
Esta passagem esta entre a nona praga e a décima praga.
Moisés obedecendo a Deus, vai diante do faraó e declara a última praga. Desta vez se ele não permitisse a saída dos hebreus, os primogênitos deles e dos animais viriam a morrer. Deus faria distinção do Egito e de Israel.
Lembrando que o primogênito é o primeiro filho homem, para nós que somos ocidentais, o primogênito não tem tanto valor, mas para o oriente naquela época o primogênito representava toda a continuação da linhagem familiar.
O anjo da morte enviado por Deus passaria pelo Egito e mataria a todos os primogênitos seja de homens ou animais. Para que o anjo da morte não matasse os primogênitos israelitas Deus ordenou algumas ordens.
Primeiro eles deveriam escolher um cordeiro macho, sem defeito, sem mancha, ou seja, o melhor do rebanho. Ao por do sol matá-lo e com o seu sangue passar sobre os umbrais das portas de suas casas.
Ao anoitecer eles deveriam assar-lo e comer todo o cordeiro não deixando sobrar nada, se uma família não conseguisse come-lo todo poderia convidar a família vizinha para ajudar.
Mas o resto se jogaria no fogo para queimar. Outro ponto é que tinham que comer vestidos para viajar e com o cajado na mão e com as sandálias nos pés. Comerem apressadamente prontos para sair do Egito.
A palavra Páscoa significa passar por sobre ou saltar por cima, a festa se originou desse acontecimento, onde o anjo da morte passou pelo Egito matando todos os primogênitos, porem quando o anjo da morte chegou à casa dos israelitas, ele passou por cima das suas casas não matando nenhum dos primeiros filhos deles.
Neste episódio o anjo da morte saltou por cima das casas dos hebreus não ferindo e nem matando os primogênitos do povo de Deus e também nesse mesmo dia os israelitas saíram do Egito. Primeiro o anjo da morte não matou os primogênitos e em segundo Deus libertou eles da escravidão egípcia. Todos esses fatos fizeram Deus instituir a Páscoa para que o povo não esquecesse o livramento e da salvação divina.
Logo a Páscoa é a passagem do anjo da morte sobre as casas dos israelitas e a libertação deste povo do cativeiro egípcio, notemos que quem criou a Páscoa foi Deus e não nenhum homem.

II – JESUS CRISTO É O CORDEIRO PASCAL.
O animal que o Senhor escolheu para que sacrificassem foi um cordeiro macho, sem mácula, sem defeito e sem mancha. Um cordeiro macho perfeito. Os israelitas tinham que sacrificá-lo no por do sol e a noite come-lo todinho sem deixar nada, detalhe não poderia quebrar nenhum dos seus ossos.
Outro detalhe da páscoa é que foi sangue de um cordeiro, e não de um coelho que foi passado nos umbrais das portas para que o anjo da morte não adentrasse as casas.
Quando João Batista estava batizando no Jordão, como foi que ele chamou Jesus Cristo. No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Jo 1.29 e 36. João ao ver Jesus o chama de o cordeiro, e não apenas de cordeiro, mas de que tira o pecado. Por essa razão é que a morte de Jesus é o verdadeiro sentido da Páscoa para nós.
Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca Is 53.7
Outro ponto o qual mostra claramente que Jesus Cristo é o cordeiro pascal é porque séculos antes dele vir. Isaias profetiza de como seria a sua morte. Jesus tal como profetizado, mesmo não tendo nenhuma acusação contra a sua vida ou porventura até um pecado, ele não abriu a sua boca dizendo que era injustiça ou inocente. O mestre tal como um cordeiro não fez nenhum barulho.
O cordeiro durante toda a sua execução não faz um gemido sequer. O cordeiro fica mudo, abaixa os seus olhos como se dizendo pode me matar, e Jesus como cordeiro que tira o pecado do mundo fez o mesmo. Não reclamou, não gritou, não esbravejou e nem tentou fugir. Calado e silencioso sofreu as chicotadas, os murros, os tapas na cara, os chutes no corpo, cuspiram na sua face e depois a coroa de espinho foi colocada até furar e sangrar a sua testa, cansado de tanto apanhar e sofrer carregou a cruz até o monte da caveira. Nos seus braços e nas suas pernas fincaram pregos e por último não bastando lhe enfiaram uma lança no abdômen.
Jesus morreu mudo, mas nesse sacrifício temos salvação para nossas vidas como se encontra no texto I Pe 1.18-19.
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
Tal como o sangue do cordeiro que livrou os primogênitos israelitas do anjo da morte na 1a páscoa o sangue de Jesus nos livra do pecado e principalmente no dia do juízo final, diante do trono de Deus. Naquele momento quando o Senhor enviar os desobedientes, os transgressores, os pagão, os ímpios, os zombadores, os mentirosos, os ladrões, os adúlteros, os fofoqueiros, os devassos e tanto outros para o inferno, o sangue de Jesus nos livrará do inferno e das chamas e do ranger de dentes.
Porque fomos comprados com o seu sangue, o qual não tem preço, nem ouro e nem prata poderiam nos resgatar somente o sangue do cordeiro pascoal, ou seja, apenas o sangue de Jesus Cristo que é o cordeiro que tira o pecado daqueles que o recebem em seu coração e pratica os seus ensinamentos.

III – A FESTA DA PÁSCOA RELEMBRA A NOSSA LIBERTAÇÃO.
A última prova do porque o verdadeiro sentido da páscoa é a morte e ressurreição de Jesus Cristo, seria pelo fato da festa da páscoa relembrar a nossa libertação.
E talvez muitos de nos iremos perguntar de que libertação fomos livres. Com certeza nenhum de nós estivemos presos como escravos no Egito. E muito menos os nossos filhos foram salvos do anjo da morte.
Muitos estudiosos da palavra de Deus, nos ensinam que a prisão do povo de Israel no Egito tipifica ou mostra a mesma escravidão que vivíamos antes de conhecer a Jesus. Todos antes de conhecer Jesus são escravos do pecado e principalmente de Satanás. Romanos 6:17 Mas graças a Deus que, tendo sido escravos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis livres da justiça. Rm 6.20.
Se antes de conhecermos a Cristo éramos escravos dos pecados quando Cristo derramou seu sangue na cruz, ele o fez pelas nossas vidas. No momento que reconhecemos Cristo como nosso Salvador, Libertador e Senhor, aquele sangue derramado na cruz do calvário nos cobre no mundo espiritual e somos purificados de todos os pecados cometidos das nossas vidas.
Ao ocorrer esse fato, a partir deste momento deixamos de ser escravos do pecado e de Satanás e nos tornamos filhos de Deus, filhos da luz, filhos da obediência.
Por essa razão aquela primeira páscoa tipifica a nossa libertação, o Egito representa o mundo, antes éramos guiados segundo os padrões, valores e princípios deste mundo. Jesus nosso cordeiro pascoal morreu naquela cruz para que nele tivéssemos libertação do nosso Egito, ou seja, do mundo.
Outra questão é que o sangue de Cristo vai garantir a nossa passagem para o céu, no Egito o sangue protegeu os primogênitos do anjo da morte logo este sangue nos garante a salvação de não irmos para o inferno.

Este é o verdadeiro significado da Páscoa, a morte de Jesus Cristo, pois nela fomos libertados do mundo e seremos salvos do inferno.
Atualmente a páscoa é comemorada em quase todos os países cristãos, e com certeza precisamos comemorar a páscoa, mas com o sentido real e verdadeiro. A mídia e as propagandas, as escolas nessa época enchem as nossas mentes com o sentido falso, ignorando completamente o verdadeiro sentido da Páscoa.
A páscoa se torna uma festa na minha vida e na sua vida se por acaso Cristo esta na sua vida, se nos já o recebemos como nosso Salvador e Senhor. A páscoa é a festa da sua libertação, da sua salvação, mas também da morte de Jesus Cristo o qual nos dá vitória contra o inferno.

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